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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Um homem Inteligente Falando das Mulheres

O desrespeito à natureza tem afetado a sobrevivência de vários seres e entre os mais ameaçados está a fêmea da espécie humana.

Tenho apenas um exemplar em casa,que mantenho com muito zelo e dedicação, mas na verdade acredito que é ela quem me mantém. Portanto, por uma questão de auto-sobrevivência, lanço a campanha 'Salvem as Mulheres!'

Tomem aqui os meus poucos conhecimentos em fisiologia da feminilidade a fim de que preservemos os raros e preciosos exemplares que ainda restam:

Habitat

Mulher não pode ser mantida em cativeiro. Você jamais terá a posse de uma mulher, o que vai prendê-la a você é uma linha frágil que precisa ser reforçada diariamente.

Alimentação correta

Ninguém vive de vento. Mulher vive de carinho. Dê-lhe em abundância.Um abraço diário é como a água para as samambaias. Não a deixe desidratar.

Flores

Também fazem parte de seu cardápio – mulher que não recebe flores murcha rapidamente e adquire traços masculinos como rispidez e brutalidade.

Respeite a natureza

Você não suporta TPM? Case-se com um homem. Mulheres menstruam, choram por nada, gostam de falar do próprio dia, discutir a relação? Se quiser viver com uma mulher, prepare-se para isso.

Não tolha a sua vaidade

É da mulher hidratar as mechas, pintar as unhas, passar batom, gastar o dia inteiro no salão de beleza, colecionar brincos, comprar muitos sapatos, ficar horas escolhendo roupas no shopping. Entenda tudo isso e apóie.

Cérebro feminino não é um mito

Por insegurança, a maioria dos homens prefere não acreditar na existência do cérebro feminino. Por isso, procuram aquelas que fingem não possuí-lo (e algumas realmente o aposentaram!). Então, agüente mais essa: mulher sem cérebro não é mulher, mas um mero objeto de decoração. Se você se cansou de colecionar bibelôs, tente se relacionar com uma mulher. Algumas vão lhe mostrar que têm mais massa cinzenta do que você. Não fuja dessas, aprenda com elas e cresça. E não se preocupe, ao contrário do que ocorre com os homens, a inteligência não funciona como repelente para as mulheres.

Não faça sombra sobre ela

Se você quiser ser um grande homem tenha uma mulher ao seu lado, nunca atrás. Assim, quando ela brilhar, você vai pegar um bronzeado. Porém, se ela estiver atrás, você vai levar um pé-na-bunda.

Aceite: mulheres também têm luz própria e não dependem de nós para brilhar. O homem sábio alimenta os potenciais da parceira e os utiliza para motivar os próprios. Ele sabe que, preservando e cultivando a mulher, ele estará salvando a si mesmo.

É, meu amigo, se você acha que mulher é caro demais, vire gay. (he he he)

Só tem mulher quem pode!

Luiz Fernando Veríssimo

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Imã - FM

Música linda Fábio!! Parabéns!

Dedico essa música pra vc Jaélcio, pra nossa história e o nosso amor. Apesar da distância, meu amor só aumenta.

TE AMO MUITO!!!!!!!!




sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Pa Panamericano

Vídeo muito, muito legal! Os caras sapateiam com as mãos!


Divirtam-se e comentem!

Animais tensos!!!

Hj o MEME do Yahoo traz imagens de animais em situações críticas, tensas... os coitados... rsrrs
Interessante...



Dá uma conferida!
Bjo bjo!

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

William Shakespeare


"Há quem diga que todas as noites são de sonhos.
Mas há também quem garanta que nem todas... só as de verão.
No fundo, isso não tem importância.
O que interessa mesmo não é a noite em si... são os sonhos.
Sonhos que o homem sonha sempre, em todos os lugares, em todas as épocas do ano, dormindo ou acordado."

(William Shakespeare, Sonhos de uma noite de verão)

ABC do Google!

Você já percebeu que, na hora que vai fazer uma busca no Google, ele tenta “adivinhar” o que você vai escrever? Então, essa funcionalidade é baseada nos termos mais pesquisados até aquele momento, contendo o que você acabou de escrever. Não entendeu nada? Vá á página do Google e digite apenas uma letra, que ele te dá uma lista com palavras começando com essa letra….ahhhh entendeu?

Pois é, eu resolvi fazer isso mas no Google Imagens. Digitava a primeira letra, clicava no primeiro termo que aparecia, e copiava a PRIMEIRA foto. Confira abaixo as imagens mais pesquisadas até o dia de hoje! (note que essa lista costuma sofrer variações ao longo do tempo).

Quer ver o resto? Clique aqui >>

Fonte:
http://www.calcinhafc.com/abc-do-google-imagens/

ótimo post! parabéns pela criatividade!

e eu repassando pra vcs depois de ir conferir no Google se era isso mesmo!... rsrsrs

Proibições decepcionantes!

As proibições e restrições são algumas das formas mais antigas de controle social. Elas podam condutas e reprimem ações que, pelo menos em tese, seriam praticadas reiteradamente por determinados grupos ou, em maior escala, pelo conjunto de uma população.

São elas que nos fazem pensar duas ou mais vezes quando estamos diante de uma situação que pode nos causar algum tipo de prejuízo. São elas que acendem a luz vermelha da consciência e nos coloca em alerta sempre que lemos “proibido colocar lixo” um segundo antes de desistirmos de jogar embalagens de bombom oupalitos de dente no chão.

Admito que sou favorável a certas restrições, como rodízios de automóveis, por exemplo. Sem iniciativas do tipo a vida seria mais difícil do que já é. Por outro lado, sou radicalmente contra proibições que decepcionam crianças:

nodogsnobicyclesnoswimming Proibições decepcionantes

Mas só até quando os momentos decepcionantes estiverem devidamente fotografados.


Fonte:http://www.gordonerd.com/proibicoes-decepcionantes

Ri muito, logo eu que adoro crianças! fica a dica! bjin

Só lembrando aquele velho ditado: tudo que é proibido é mais gostoso! Que é verdade é mesmo, mas vamos agir com responsabilidade galera!


quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Pra descontrair, acessa aí!

Gente, essa é a terceira indicação pra esse mesmo site... mas é que realmente ele traz coisas legais...

Dessa vez não tem nada haver com Photoshop, mas é hilário... tem imagens, charges, textos e vídeos reunidos em um só lugar! Vale a pena ver!


bjim galera!

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

O que o Photoshop pode fazer - Parte II

Da mesma forma que o Photoshop pode fazer coisas incríveis, ele também pode estragar tudo. O link abaixo traz montagens mal feitas, que por vezes são bem visíveis e que em outras, nem tanto...
Se é pra mexer, que seja bem feito né... rsrsrs


http://meme.yahoo.com/search/?&q=%23failphotoshop+type:photo+type:video+sort:reposts&p=1

Divirtam-se!

sábado, 16 de outubro de 2010

Vejam o que o Photoshop pode fazer!

Gente encontrei essas imagens na net! Vale a pena conferir! Algumas são show, incríveis, bem legal!

Acessem:


E divirtam-se!

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Adorei esse vídeo!

Redação Interessante!

Redação feita por uma aluna do curso de Letras, da UFPE:


“Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador. Um substantivo masculino, com um aspecto plural, com alguns anos bem vividos pelas preposições da vida. E o artigo era bem definido, feminino, singular: era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal. Era ingênua, silábica, um pouco átona, até ao contrário dele: um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanático por leituras e filmes ortográficos. O substantivo gostou dessa situação: os dois sozinhos, num lugar sem ninguém ver e ouvir. E sem perder essa oportunidade, começou a se insinuar, a perguntar, a conversar.

O artigo feminino deixou as reticências de lado, e permitiu esse pequeno índice. De repente, o elevador pára, só com os dois lá dentro: ótimo, pensou o substantivo, mais um bom motivo para provocar alguns sinônimos. Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeça a se movimentar: só que em vez de descer, sobe e pára justamente no andar do substantivo. Ele usou de toda a sua flexão verbal, e entrou com ela em seu aposto. Ligou o fonema, e ficaram alguns instantes em silêncio, ouvindo uma fonética clássica, bem suave e gostosa. Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela. Ficaram conversando, sentados num vocativo, quando ele começou outra vez a se insinuar. Ela foi deixando, ele foi usando seu forte adjunto adverbial, e rapidamente chegaram a um imperativo, todos os vocábulos diziam que iriam terminar num transitivo direto.

Começaram a se aproximar, ela tremendo de vocabulário, e ele sentindo seu ditongo crescente: se abraçaram, numa pontuação tão minúscula, que nem um período simples passaria entre os dois. Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era vírgula. Ele não perdeu o ritmo e sugeriu uma ou outra soletrada em seu apóstrofo.

É claro que ela se deixou levar por essas palavras, estava totalmente oxítona às vontades dele, e foram para o comum de dois gêneros. Ela totalmente voz passiva, ele voz ativa. Entre beijos, carícias, parônimos e substantivos, ele foi avançando cada vez mais: ficaram uns minutos nessa próclise, e ele, com todo o seu predicativo do objeto, ia tomando conta.

Estavam na posição de primeira e segunda pessoa do singular, ela era um perfeito agente da passiva, ele todo paroxítono, sentindo o pronome do seu grande travessão forçando aquele hífen ainda singular. Nisso a porta abriu repentinamente. Era o verbo auxiliar do edifício. Ele tinha percebido tudo, e entrou dando conjunções e adjetivos nos dois, que se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas. Mas ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tônica, ou melhor, subtônica, o verbo auxiliar diminuiu seus advérbios e declarou o seu particípio na história.

Os dois se olharam, e viram que isso era melhor do que uma metáfora por todo o edifício. O verbo auxiliar se entusiasmou, e mostrou o seu adjunto adnominal. Que loucura, minha gente. Aquilo não era nem comparativo: era um superlativo absoluto. Foi se aproximando dos dois, com aquela coisa maiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontado para seus objetos.

Foi chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao seu tritongo, propondo claramente uma mesóclise-a-trois. Só que as condições eram estas: enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria ao gerúndio do substantivo, e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino.

O substantivo, vendo que poderia se transformar num artigo indefinido depois dessa, pensando em seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na história: agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, jogou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa conclusiva”
.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Eu vi: Alice no País das Maravilhas, 3D



Gente!! Quanto tempo!! A Universidade tá consumindo td o meu juízo! Sobra pouquíssimo tempo pra me dedicar a atividades descontraídas! Enfim... dei um tempo nessa vida acadêmica e fui ao cinema assistir Alice no País das Maravilhas em 3D e matar minha ansiedade... rsrs
Confesso que adorei o filme, mas o 3D num é lá essas coisas não! O roteiro é muito interessante, mas o 3D não é bem como eu imaginava. Me frustrei um pouco. Rsrs Pensei que era algo mais surreal, como se estivéssemos dentro do filme, mas não senti muito isso não. Sei que a tecnologia para fazer aqueles efeitos deve ser avançadíssima e que foi um grande avanço no mundo do cinema em si. Alguns momentos do filme ficaram super interessantes: o efeito que causa profundidade não deixou a desejar, mas eu achava que o filme saía mais da tela, se é que vocês me entendem.
Mas indico o filme. Vale a pena a experiência!! Bjin

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Roteiro para construir no Nordeste

Fichamento a partir do livro:

Roteiro para construir no Nordeste - Arquitetura como lugar ameno nos trópicos ensolarados

Universidade Federal de Pernambuco – Mestrado de Desenvolvimento Urbano

Recife – 1976

O Arquiteto assume a responsabilidade, como profissional, de criar ambientes variados para as variadas atividades humanas. E no processo de criação de tais ambientes, o arquiteto se vê diante de muitos problemas. Com a conclusão do projeto, uma série de soluções arquitetônicas foram tomadas para a execução do mesmo.

No Nordeste, em particular, essas soluções arquitetônicas precisam ser ainda mais “mastigadas”. Isso porque existe uma infinidade de fatores determinantes para a execução de um bom projeto: deve-se analisar a presença da natureza ímpar do nordeste, a insolação tão abundante, o seu clima característico.

A seguir, destaco o que encontrei de mais importante no Roteiro para construir no Nordeste, criando, como o título sugere, uma espécie de roteiro que deve ser seguido no processo de criação arquitetônica na região Nordeste.

1. Crie sombra! Torne-a um abrigo do sol e das chuvas, ao mesmo tempo em que a brisa pode circular, retirar o calor e a umidade e criar um ambiente em que se pode respirar bem. Áreas sombreadas são como filtros, suavizando a luz solar antes que esta entre no ambiente.

2. Recue as paredes! Isso irá protegê-las do sol, da chuva, do calor e da umidade. As paredes recuadas geram terraços, varandas e jardins sombreados, onde se pode ter facilmente o contato entre o interior e o exterior.

3. Evite a arquitetura de volumes puros e explore a longa projeção e o lugar abrigado, sombreado e aberto! Torne a arquitetura uma experiência humana de relação entre o natural e o artificial.

4. Tire proveito dos elementos vazados! Se dispostos corretamente em função da orientação do sol e dos ventos, eles deixam a brisa entrar e filtram a luz.

5. Aberturas devem ser projetadas para permanecerem abertas! Para isso, identifique o caminho do sol durante todo o ano e proteja as aberturas externas com projeções e quebras-sol.

6. Evite fachadas envidraçadas desprotegidas! Estas terão que se proteger do sol por meio de cortinas, negando a função inicial – contato visual com o exterior.

7. Atenção para as portas! Elas devem se adequar a situação e ao local que ocupam. Podem ser objeto atrativo e convidativo entre o ambiente coletivo e individual; podem trazer privacidade; podem ser versáteis, onde ao mesmo tempo que protejem os ambientes permitem a passagem do ar.

8. Crie espaços fluidos, livres, contínuos! Separe apenas os que recomendam privacidade e atividades reclusas. Quando possível, solte as paredes do teto, gerando permeabilidade visual e melhor ventilação.

9. Crie ambientes que sejam retratos do modo de vida de seus usuários! Para se viver bem é necessário um ambiente agradável.

10. Desenvolva componentes padronizados mas com amplas possibilidades combinatórias. Isso traz harmonia para os espaços, racionalização e padronização para a construção, facilidade no processo construtivo e redução nos custos da obra.

11. Intervenha na natureza com equilíbrio! Ao invés de destruir, integre a edificação com a vegetação e com os elementos naturais do entorno.

12. Faça uma arquitetura genuinamente brasileira! Utilize a arquitetura, como arte que ela é, para expressar sua cultura e seus valores com liberdade e espontaneidade.

13. “Trabalhemos no sentido de uma arquitetura sombreada, aberta, contínua, vigorosa, acolhedora e envolvente, que, ao nos colocar em harmonia com o ambiente tropical, nos incite a nele viver integralmente”.




quarta-feira, 21 de abril de 2010

Filme - Alice no País das Maravilhas

Está grande a expectativa para o lançamento do filme Alice no País das Maravilhas nos cinemas de todo o Brasil. O filme poderá ser visto em 3D, assim como foi possível assistir Avatar. Tô ansiosa pra ver!! Abaixo o Trailer Oficial Legendado!!

bjin

Museu Judaico de Berlim

Oii Gente!!! Hoje a discussão será sobre o Museu Judaico de Berlim, que eu já havia comentado antes.

O Museu Judaico de Berlim é uma obra do arquiteto Daniel Libeskind. A primeira vez que tive conhecimento da obra foi em uma aula recente de Introdução ao Projeto de Arquitetura e Urbanismo, ministrada pela docente Patrícia Alonso, na UFPB.

Me encantei pelo projeto de cara, pois me fascina todo o universo que envolve a II Guerra Mundial. O arquiteto conseguiu de forma espetacular colocar em uma obra arquitetônica toda a atmosfera mórbida que a guerra transmite e principalmente, colocar nas paredes desse edifício o sofrimento do povo judeu.

Daniel Libeskind é um arquiteto judeu-polonês, filho de sobreviventes do Holocausto e o que tornou o seu projeto bem visto foi o fato de que soube materializar as sensações de quem vivencia o edifício, contando a História do Holocausto a cada passo do usuário dentro do museu.

O Museu Judaico de Berlim mostra o papel da arquitetura no contexto histórico-cultural de uma nação, mostra como ela tem o poder de criar um ícone arquitetônico que identifica o sentimento de certo grupo – neste caso, os judeus – e mostra como ela pode nos ajudar a perceber e até sentir as angústias sofridas por este grupo.

  • Entenda o projeto!!!


A estrela de Davi estilhaçada


A estrela de Davi possui um significado relacionado a sua estrutura: duplo triângulo, com um dos triângulos de base voltada para cima e outro triângulo de base voltada para baixo. O triângulo sozinho significa “concretização” ou “materialização” e o ato de duplicá-lo e aglutinar os dois triângulos reafirma tal conceito.

No momento em que Daniel Libeskind estilhaça a forma desta estrela, ele transforma seu significado. Considerando o contexto do Holocausto, acredito que a estrela de Davi fraturada representa um sentimento de revolta quanto à barbárie sofrida pelos judeus, representa a necessidade de se explicitar o fato sem eufemismos.

Assim, o assassinato dos judeus pelos nazistas é esquematizado pela quebra do símbolo mais representativo desta cultura, como um grande choque, de onde partem os “estilhaços” que seguem marcando todas as faces do edifício, mantendo sempre presente a memória de um momento impactante. As aberturas do museu são esses próprios “estilhaços”.

O arquiteto faz com que toda visão do visitante para fora do edifício e toda entrada de luz para o mesmo seja feita por meio destas aberturas. Acredita-se também que estas finas aberturas remetem a uma analogia ao transporte dos judeus rumo ao campo de concentração, onde, durante o percurso, eles só podiam visualizar o mundo a sua volta por meio das pequenas frestas que vedavam o veículo. Desta forma, o usuário do espaço passa a vivenciar de forma poética o sentimento dos judeus daquele momento histórico.

O vazio


O vazio que surge no meio do edifício é como a imagem de um abismo e funciona como a espinha para o prédio. Seu significado é muito claro: ausência, ou não-existência. Ausência dos judeus de Berlim, muitos dos quais sucumbiram ao Holocausto. A partir deste raciocínio, a reflexão que surge é a de a ausência não pode ser dominada; a ruptura não poderá ser curada e não poderá ter seu conteúdo preenchido por artefatos museicos. Na imagem ao lado, tentei mostrar onde está o vazio. Olhando atenciosamente se percebe uma linha contínua bem no meio, como uma espinha, que se prolonga por todos os traços do edifício.





Corredores estreitos


No interior do museu, Libeskind lança mão de corredores estreitos como forma de articulação dos espaços. Acredita-se que sua intenção seja transmitir a sensação de repressão e opressão sofrida pelos judeus durante a ocupação nazista na Alemanha. O visitante caminha num espaço estreito, entre paredes cegas, que fazem com que se sinta, no âmbito da poesia, insignificante frente à força contida nas paredes e sem liberdade de seguir outro caminho, sem saber o que o espera logo depois.





As esculturas externas


O ato de se implantar diversas esculturas iguais, dispostas simetricamente lado a lado, na parte externa do edifício se torna um símbolo forte à medida que busca representar um grupo homogêneo fora de um local: as migrações dos judeus, as chamadas diásporas. Parece ser, dentro do lote do edifício, o único espaço que remete à vida, devido às plantas do local. Outro significado que se pode abstrair desse símbolo é a exclusão. Dispondo as esculturas fora do museu, temos uma imagem que representa também de forma poética a anulação participativa dos judeus na sociedade alemã nazista.




Conclusão

Daniel Libeskind faz com que cada detalhe de sua arquitetura seja passível de serem reinterpretados, faz das imagens difíceis de serem esquecidas. O visitante trafega dentro de um espaço que conta a história a cada passo e o faz fervilhar seus pensamentos, impulsionados por símbolos de um mito já desgastado de tão discutido. Porém, ao invés de simplesmente ser um mito monumentalizado por onde simplesmente se passa, vislumbra e se esquece, o Museu Judaico de Berlim impõe um tratamento mais humano à polêmica, fazendo com que o vivenciar de emoções transforme totalmente o visitante do museu ao deixar o edifício.

Mais imagens:


Nestas imagens, nota -se, além do piso totalmente marcado e "quebrado", as paredes estilhaçadas, rasgadas, feridas, como uma alusão a todo o processo de violência contra os judeus.















A imagem da esquerda, mostra bem como o arquiteto fez com que toda visão do visitante para fora do edifício fosse por meio de pequenas aberturas, fazendo com que o visitante se sinta como os próprios judeus sendo transportados para o campo de concentração. Na imagem da direita, um corredor estreito, escuro, que apesar de ter saída não lhe passa nenhuma segurança, pois não se sabe o que esperar.







Espero que tenham gostado! Um forte abraço!